Educação financeira não é sobre planilha, é sobre comportamento

Muita gente acredita que vai organizar a vida financeira quando encontrar a planilha perfeita.
A verdade é mais desconfortável.

Planilhas não mudam decisões.
Pessoas mudam.

Se fosse só uma questão técnica, ninguém com Excel instalado estaria endividado.
O problema não está nos números, está nos hábitos que se repetem todos os meses.

No livro Pai Rico, Pai Pobre, essa ideia aparece de forma simples.
Duas pessoas com a mesma renda podem ter destinos completamente diferentes.
A diferença não é matemática, é mental.

Uma gasta tudo primeiro e tenta investir só se sobrar alguma coisa.
A outra investe primeiro e aprende a organizar o restante da vida com o que fica.

Educação financeira começa quando você percebe que o dinheiro obedece ao comportamento, não ao contrário.
Quem não controla impulsos transforma qualquer aumento de renda em novas parcelas.
Quem entende limites cria espaço, mesmo ganhando pouco.

Planilhas ajudam, claro.
Mas elas são só ferramentas.

A mudança real acontece quando você passa a perguntar menos
quanto eu ganho e mais
por que eu gasto assim.

Enquanto isso não muda, nenhuma fórmula salva.
Quando muda, até o simples funciona.

E esse é o ponto que quase ninguém gosta de encarar.